Está viva mas pouco lhe ligam. Maria Alberta Menéres. Prolixa em literatura infantil ( dezenas de títulos) e organizadora ( com Ernesto de Melo e Castro) das Antologias ( da novíssima poesia portuguesa) nos anos 50, 60 e 70. Traduziu Perrault ( não sei se é a edição que tenho, está perdida no meio da confusão da mudança de casa) e adaptou Fernão Mendes Pinto para a linguagem actual. É descrita como compagnon de route do surrealismo ( colaborou com Cesariny), mas deixo isso para os críticos. Tem coisas enfadonhas e banais ( abusa de árvores, náufragos, incêndios e outras pestilências) , coisas justas ( quase todo Os Mosquitos de Suburna) e outras muito boas. Como esta:
E uma letra início de tormenta
ou palavra destino de viagem.
E não chegamos nunca ao rosa-mar
nem esta solidão chega a ser vício.
( O Robot Sensível, 1961)
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