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terça-feira, 3 de maio de 2011

UMA ESQUECIDA:

Está viva mas pouco lhe ligam. Maria Alberta Menéres. Prolixa em literatura infantil ( dezenas de títulos)  e organizadora ( com Ernesto de  Melo e Castro)  das Antologias ( da novíssima poesia portuguesa)  nos anos 50, 60 e 70. Traduziu Perrault ( não sei  se é a edição que tenho, está perdida no meio da confusão da mudança  de casa) e adaptou Fernão Mendes Pinto para a linguagem actual. É descrita como compagnon de route do surrealismo ( colaborou com Cesariny), mas deixo isso para os críticos. Tem coisas enfadonhas  e banais ( abusa de árvores, náufragos,  incêndios e outras pestilências) , coisas justas ( quase todo Os Mosquitos de Suburna)  e outras muito boas. Como esta:

E uma letra início de tormenta
ou palavra destino de viagem.
E não chegamos nunca ao rosa-mar
nem esta solidão chega a ser vício.

( O Robot Sensível, 1961)

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