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domingo, 29 de maio de 2011

SENHORA MORTE(II):

Vimos a esperança ( uma passadeira para peões diante do IPO),  vejamos a certeza.  Ninguém planeia  a vida a contar com  ela. Por exemplo, deixa-me ir ao Lago Tana antes que ela me leve. Ou:  Quero dizer-te  que não daria a vida por ti.  Por algum motivo, somos, no entanto, capazes de planear a falta  de arroz  ou chá na dispensa.
Estão enganados. Não é  por causa da inevitabilidade. É porque ela aloja-se-nos na pele. Ninguém dá conta dos pedaços de pele morta que se escapam para os lençóis.

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