Nunca desesperar, nunca renegar. Nas paixões temos de ser racionais. Precisamos mais delas do que elas de nós.
Cheguei à garagem já estava nos descontos. Vou no elevador e imagino ouvir um gooooooooolo sumido mas persistente. Um vizinho benfiquista, talvez a ver o jogo com o filho e com o rádio aos berros. O elevador parou e fez- se silêncio. Baixei a cabeça e procurei as chaves de casa. Nem por um momento me passou pela cabeça que o golo, afinal um silvo do elevador, pudesse ser do Braga. Isto é a paixão.
Cheguei à garagem já estava nos descontos. Vou no elevador e imagino ouvir um gooooooooolo sumido mas persistente. Um vizinho benfiquista, talvez a ver o jogo com o filho e com o rádio aos berros. O elevador parou e fez- se silêncio. Baixei a cabeça e procurei as chaves de casa. Nem por um momento me passou pela cabeça que o golo, afinal um silvo do elevador, pudesse ser do Braga. Isto é a paixão.
O que imagino a frio é um futuro. Se desprezarmos o poder do adversário, acabamos a ferros; se ignorarmos o que somos, não passamos de carrascos. Repito-me:
1) Um presidente do Benfica. Nascido e criado no Benfica e não em casa de presidentes de terceiros. Um presidente que saiba pensar, falar e articular ideias. Pessoas inteligentes tomam frequentemente boas decisões.
Para fazer de caixeiro-viajante e negociar com a banca, há muitos profissionais disponíveis.
Para fazer de caixeiro-viajante e negociar com a banca, há muitos profissionais disponíveis.
2) Um presidente brutal. Defender o clube significa por vezes ter de engolir o orgulho, dar o braço a torcer, recuar. Não se gere o Benfica como uma oficina de pneus. A bem dizer, não se gere o Benfica: defende-se o Benfica. O clube não existe para alimentar a fome de prestígio ou o sentimento de inferioridade social.
Um presidente assim tenderá a rodear-se de pessoas que o afrontarão se ele puser em causa o Benfica. São os melhores tenentes e não são papagaios que dão palpites para os jornais à primeira contrariedade.
Um presidente assim tenderá a rodear-se de pessoas que o afrontarão se ele puser em causa o Benfica. São os melhores tenentes e não são papagaios que dão palpites para os jornais à primeira contrariedade.
3) Uma equipa técnica de benfiquistas. No situação actual do clube tem de ser assim. Principal qualidade a seguir ao benfiquismo: saber liderar. Não me digam que não encontram ninguém.
Isto é crucial porque não podemos voltar a ter um treinador brilhante, mas que põe a sua carreira e conta bancária à frente do Benfica.
4) Os pontos 1, 2 e 3 são requisitos fáceis de preencher. Basta encontrar um presidente e uma equipa técnica que saibam que não vão ganhar nada para o ano e que se estejam nas tintas para isso.
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