Os acampados nas praças europeias são todo um programa. Começa pelo estilo festivaleiro: tambores, boa disposição, música. Continua com o espírito Cornélia: muitas artes performativas, leituras de poemas, espontaneidade e imensas reuniões para deliberar. Acaba na ordem unida: parasitados pelos maduros façon LCI, que os controlam e fazem telefonemas para as estações de televisão exigindo atenção.
Não são uma geração, são várias. E são gerações que, enquanto a vaca deu, diziam com orgulho que desprezavam a política. Agora acampam , quais hologramas de um Kerouac com espondilose. Não nos desviemos: têm razão, esta vida não é para eles. Ou vivem uma guerra ou definharão como os velhos hippies.
Uma alternativa? Largar as boas maneiras e escaqueirar a fábrica social. Atacar esquadras, demolir bancos, roubar juristas, empalar políticos. À noite logo se vê.
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