A revolta Mau-Mau é absolutamente original no quadro das insurgências africanas. Tanto quanto se sabe, não envolveu chineses, soviéticos ou radicais islâmicos. Não compreendo por que motivo não compreendem este meu fascínio.
Robert Ruark e Brian Herne são as minhas fontes habituais, mas, de vez em quando , um ou outro artigo acrescenta um ponto. É o caso deste, que se foca sobretudo na percepção política que a administração colonial desenvolveu, bem como no papel sinalizador que a revolta desempenhou. O slogan de M'thenge - " Um só de nós é suficiente para fazer ajoelhar o Império Britânico" foi, de facto, o mote para muita coisa no continente.
Não foi só o carácter local e isolado das lutas geopolíticas. A mecânica Mau-Mau - e por isso aproveitei uma pequena parte da essência para a minha também pequena novela, que se passa numa cidade normal dos tempos de hoje - foi um filme de terror superiormente dirigido e interpretado. Muitos aspectos haveria a referir, mas deixo o mais importante: os colonos brancos perceberam que era inútil construir barricadas em redor das fazendas. A morte, através de golpes de pangas ou de balas disparadas por arcabuzes artesanais ( davam um post inteiro) e Stens roubadas aos ingleses, vinha pela mão de criados ( cozinheiros, moços de estrebaria, etc) com muitos anos de casa. De repente, perfeita.
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