Nada se modificou desde a última vez que escrevi sobre a situação política. Não obstante, tenho passado os olhos por rolo imensos de arguta análise. Não há contradicção: um conjunto de pessoas encerradas num elevador avariado não aguarda o socorro em silêncio.
A ausência, quase total, de sentido colectivo no inconsciente grupal português ( que não sei explicar) continuará a permitir , durante algum tempo, a fragmentação do trabalho social para a resolução dos problemas. Os partidos de poder continuarão preocupados com sondagens enquanto geram as futuras gerações de controleiros profissionais, os partidos de protesto continuarão a tentar capitalizar o desespero. As pesoas comuns terão um único objectivo: resistir e salvar o que é seu.
Não creio que o esboço de Rui Rio valha alguma coisa. Num condomínio que se endividou até à morte e em que os vários grupos organizados de condóminos nem querem ouvir falar do véu de ignorância ( a experiência de Rawls), a solução dificilmente partirá de um rearranjo colectivo.
Sei que a hipótese de uma solução é arriscada, mas um liberal à moda antiga acredita sempre no indivíduo. Nos partidos, nas escolas, nas empresas, nos media, existem com certeza homens e mulheres indiferentes à letargia e à subserviência. Não falo de condutores do povo ( demagogos), falo de acções individuais de pessoas descomprometidas com os aparelhos de dominação política , económica e intelectual. Uma espécie de gente a quem falta uma coisa: ambição de glória.
As grandes mudanças não se fazem por inspiração divina, fazem-se por necessidade.
A ausência, quase total, de sentido colectivo no inconsciente grupal português ( que não sei explicar) continuará a permitir , durante algum tempo, a fragmentação do trabalho social para a resolução dos problemas. Os partidos de poder continuarão preocupados com sondagens enquanto geram as futuras gerações de controleiros profissionais, os partidos de protesto continuarão a tentar capitalizar o desespero. As pesoas comuns terão um único objectivo: resistir e salvar o que é seu.
Não creio que o esboço de Rui Rio valha alguma coisa. Num condomínio que se endividou até à morte e em que os vários grupos organizados de condóminos nem querem ouvir falar do véu de ignorância ( a experiência de Rawls), a solução dificilmente partirá de um rearranjo colectivo.
Sei que a hipótese de uma solução é arriscada, mas um liberal à moda antiga acredita sempre no indivíduo. Nos partidos, nas escolas, nas empresas, nos media, existem com certeza homens e mulheres indiferentes à letargia e à subserviência. Não falo de condutores do povo ( demagogos), falo de acções individuais de pessoas descomprometidas com os aparelhos de dominação política , económica e intelectual. Uma espécie de gente a quem falta uma coisa: ambição de glória.
As grandes mudanças não se fazem por inspiração divina, fazem-se por necessidade.
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