Lá fui, portanto, ao engano. Julguei que ia assitir a uma manifestação de gente desesperada, zangada, carregada de reichianos orgones negativos. Em Coimbra, na Praça da República, um rancho reuniu no centro da praça: uma meia bancada ( se tanto) do estádio municipal. Um lingrinhas com um megafone fazia-se ouvir menos do que um simples estudante do José Falcão a falar ao telemóvel debaixo da minha varanda. Ainda lhe berrei " estás a falar debaixo de água, ó caramelo", mas não adiantou. A população era relativamente homogénea: anestesiada e sussurante. E não faltou o cromo local a zurzir no imperialismo e mesmo assim com a convicção de um hamster hipnotizado.
À noite vi as imagens das outras manifestações. O mesmo espírito piquenicão , mas, infelizmente, com gente a cantar o Milho Rei e a declamar poesia. Assim não vão lá. Não com a Cornélia.
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