Já os referi em dois dos meus livros. Chamo-lhes monstros. Ele é alto, duro e amigável, ela é baixa, de olhar furão e divertido. Andam ambos pelos setenta e muitos e perderam os dois únicos filhos: um na adolescência, o outro já adulto. Vejo-os duas a três vezes por ano. Vejo-os todos os dias.
Se alguém conseguisse isolar a alma deles. Todos os dias trabalham na fazenda, todos os dias tomam a medicação, todos dias convivem com os vizinhos .Esperam o que virá e recordam o que houve.
É verdade, acreditam em Deus. Deve haver mais alguma coisa.
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