O Titanic, as narrativas, os falsos consensos, a culpa, a austeridade, a salvação nacional, o FMI. Desapareceram a esperança e o futuro. Devem estar a recuperar o fôlego, depois de tanta utilização nos últimos anos.
Não é mau. No livro de Ballard, os habitantes do enorme prédio, por sectores e com alguma ordem, vão aproveitando os restos, bebem, divertem-se e matam-se. A aniquilação radical também dispensa a choraminguice da esperança e do futuro. É nisso que o livro é suave: não há fim, só houve início.
Viveremos o suficiente para emporcalhar as piscinas da gente rica?
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