Afonso Duarte. Nasceu e morreu na Ereira, perto de Montemor o Velho . Foi um coimbrão dedicado e também professor na UC até que Salazar o obrigou a a bater em retirada. Grande amigo de Carlos de Oliveira, que descreveu o enterro do poeta na Gazeta Musical e Todas as Artes : (...) vai por uma quelha barrancosa, estrumada aqui e ali, entre currais e sebes. Vacas espreitam dos estábulos , mansas e piedosas. (...) Dois ou três quilómetros de intimidade aldeã: interiores pobres, cristas rutilantes de galos, velhos que parecem figuras de madeira rugosa a cismar nos umbrais.
Afonso Duarte colaborou com Nemésio e Branquinho da Fonseca, escreveu na Presença e na Tríptico ( com Nemésio) , cuidou de muitas gerações de aspirantes a poetas e escritores. Lírico e campestre? Certamente, mas nem sempre:
Erros meus a que chamarei virtude,
Por bem vos quero, e morro despedido
Sem amor, sem saúde, o chão perdido,
Erros meus a que chamarei virtude.
( Sibila, 1950)
( Sibila, 1950)
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