http://www.sitemeter.com

quarta-feira, 25 de maio de 2011

METAPOLÍTICA (XI):

As vozes independentes, sobretudo as partidárias, podiam desempenhar um papel normalizador na campanha. Tomemos, por exemplo, Marcelo  Rebelo  de Sousa e   Manuel Maria Carrilho.
O primeiro, que gosto de ouvir porque  é muito bom no que faz ( coisa rara na TV) , não tem conseguido escapar  a um olhar tutelar, como se tivesse aterrado ontem em Portugal. Das poucas vezes que tenta ( e tem tentado, sejamos justos), afunda-se na vichyssoise: bom para o camarote do S.Carlos, mau para o momento actual.
O segundo é intrigante. Sendo Carrilho  um homem prático ( enquanto ministro da Cultura subsidiou "As Lições  do Tonecas"),  o instinto de scavenger,  dirigido exclusivamente a Sócrates, instala no espectador uma dúvida : aquele azedume todo é político ou pessoal? Como tem deixado de fora o resto  do PS - e tanto que ele critica a socratização do partido -, a diferença conta e ainda vai contar mais no futuro.

Sem comentários: